segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

VOCÊ ESTÁ ME PERDENDO... (Cláudia Barbosa)

"Você está me perdendo...
Com esse jeito frio de me amar
Com esse jeito frio de me acarinhar
Com esse comportamento distante
(...)
Com essa distância constante
Com frases prontas
(...)

Você está me perdendo...
Você está me deixando solta
Você está me deixando vulnerável
Você está deixando um espaço entre nós (...)

Se (...) eu estiver distraída, me balança, me desperta
Não me trate como brinquedo
Não me trate como objeto
Não me trate como uma qualquer
Me desperte para a realidade

Não sinto (..)sua atenção (...) seu amor (...) você
Não me sinto parte da sua vida
Não me sinto parte de você
Me esforço, dou sinais
Tento me envolver
Tento saber
Tento falar
Tento ser amiga
Tento me interessar
Tento, tento, tento...
Mas (...) você me afasta (...)
Da sua vida, dos seus amigos, da sua família
Ninguém sabe que eu existo?
Por que isso? Não consigo entender...

Você não compreende, ou finge não compreender
Que estou carente de afeto
Que estou carente de atenção
Que minhas necessidades estão mais aparentes
Você não compreende, ou finge não compreender
Que palavras apenas não resolvem
Que palavras apenas não me satisfazem mais
Você não compreende, ou finge não compreender
Que eu preciso de alguém
Que me envolva, que me deixe protegida
Preciso de alguém
Que faça sentido pra mim
Preciso de alguém
Que precise de mim
Preciso de alguém
Que me faça sentir que não sou mais uma
Que me faça sentir que sou especial
(...)
Que se importe comigo
Que se preocupe com o que sinto
Que se preocupe com o que quero
Que se preocupe com o que preciso
(...)
Tenho vontade de gritar...
Tenho vontade de reagir...
Mas não sou assim, não faço isso
E é por isso que você nunca vai saber que está me
perdendo (...)

(...)
Você não demonstra sua paixão
Você não demonstra seu amor
Você não demonstra sua saudade

sábado, 7 de janeiro de 2012

"QUADRILOUCADA"


Estávamos conversando animadamente, o assunto era irrelevante diante do prazer da companhia, quando por um instante olhei em seus olhos e vi, senti e presenciei tudo o que estava sufocadamente preso ali dentro daquele ser. Emocionei-me, e o abracei, como que dizendo: EU SEI, EU SENTI, EU ENTENDI........ EU ESTOU AQUI!!!

As vezes é só isso que importa, é o que basta, um abraço, um compartilhar de olhares, um gesto que demonstre o quanto se importa, mas infelizmente estamos vivendo em uma sociedade que as percepções são tolhidas, os afetos simples são quase pecaminosos, e o importar-se é um sinal de escancarada fraqueza. Mundinho tresloucado esse, ainda bem que sou “quadriloucada” e chuto o balde sempre que me for possível e preciso!

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

DOENÇAS CRÔNICAS: “COITADINHO” e “ EU SOU ASSIM, O MUNDO ME FEZ ASSIM E PRONTO”


Com certeza vocês já se depararam com pessoas que sofrem da síndrome do “coitadinho”. Sim senhores, isto é uma doença e das mais graves.
Normalmente são pessoas que inconscientemente buscam penalizar as outras pessoas por suas experiências nem sempre agradáveis, buscam se vitimar, e provocam nos que estão ao seu redor um sentimento de pena.
É uma doença que dificilmente o paciente assumirá e descobrirá que está infectado por ela, e não é raro as vezes em que ela vem acompanhada por outra doença, a “eu sou assim”. Já vi muitas pessoas falarem isso, ah eu sou assim, as circunstâncias me fizeram assim, as minhas experiências me marcaram profundamente e por isso me tornei essa pessoa de hoje. OK. Concordo que as vezes passamos por n situações que nos marcam, nos machucam, porém não vejo motivos para que essas pessoas busquem se fazer de coitadinhos e se resignem a essa condição, essa postura não condiz. Queixar-se podemos sim, só não podemos é deixar que o comodismo nos faça pessoas amarguradas, rancorosas ou pior que não saiba relacionar-se a não ser através de um primeiro sentimento de pena. Isso é terrível e triste, ver pessoas em plena condição de alavancar suas vidas, de ir em busca de outras experiências mais saudáveis, se escondendo atrás de um “eu sou assim, o mundo me fez assim e pronto”. NÃO!Chega de bancar o papel de coitadinho, de sofrer por coisas que já foram, de achar legal fazerem os outros sentirem pena de você! As nossas experiências ruins devem ser usadas para nos fortalecer, devem ser analisadas pelo lado da aprendizagem, e não encaradas como fator determinante e condicionante. Uma mudança de postura pode te render muitos frutos, você não é o único a sofrer, e não será o ultimo, então largue essa capa de menino problemático/ acomodado e busque novos rumos, novas experiências e antes de se queixar, lembre se: foi caindo da bicicleta que você aprendeu a andar, agora se no primeiro tombo você se deixasse abalar e se acomodasse, jamais sentiria o vento passando em seu rosto ao andar de bicicleta ao lado dos seus amiguinhos de infância, as cicatrizes ficam, mas as possibilidades são outras quando resolvemos não deixar que aquela situação nos atrapalhe.
Não quero aqui diminuir ninguém, muito menos suas tragédias, mas quero que acordem para a vida, percebendo o quanto de bagagem negativa vocês carregam sem o mínimo de necessidade, vem arrastando elas por anos a fio, sim por que elas são pesadas e a cada ano que passa ficam mais e mais pesadas, dificultando cada vez mais o seu transporte.

Eu prefiro tentar analisar as minhas cuidadosamente, ver o que tem de útil nelas e só carregar aquilo que me fará bem, aquilo que não será um peso morto futuramente. Confesso que já carreguei muitas bagagens sem necessidade, mas chegou um ponto que me desfiz delas, cansei de me vitimar, de ficar sempre cutucando a ferida e passar um sofrimento ao meu circulo de amizades, de me diminuir perante os outros para que sentissem dó de mim, cansei de atrair pessoas por pena (diga-se de passagem, que estas nunca são boas companhias), ou pior achar que sou melhor que os outros por ter passado por tudo isso. Um dia fazendo algumas leituras, descobri que eu era doente, e ainda bem que eu ainda não sofria do “eu sou assim e pronto” e fui a luta, descruzei o braço, e percebi que ao meu lado tinha pessoas que sofreram bem mais do que eu e não andavam se queixando, pelo contrario faziam dessas experiências aprendizagens preciosas para se tornarem pessoas melhores. Foi nesse instante que passei a cultivar novos sentimentos nas outras pessoas, eu queria sim ser reconhecida pelo outro, mas pelas minhas qualidades, conquistas, convicções, pelo meu modo de vida, meu exemplo de superação, de busca continua, de ser batalhadora e não pelos meus problemas, pelos meus sofrimentos, pelas minhas queixas e comodismo.
E aos que ainda resistem as minhas palavras, saibam que seguir adiante com essa postura só irá atrair ainda mais experiências ruins e traumáticas, por que vocês tendem a atrair pessoas com o estranho gosto pelo sofrimento, e normalmente isso só lhe trará mais problemas. Fica a dica!